1.1. Conceito de Economia
Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. E estas necessidades são crescentes e ilimitadas. No entanto, para conseguir suprir todas estas necessidades, em geral dispomos de uma renda que é insuficiente para conseguir todos os bens e serviços desejados para satisfazer estas necessidades.
E da mesma forma como os indivíduos, a sociedade possui necessidades que precisam ser satisfeitas coletivamente, como por exemplo, estradas, defesa, justiça, escolas, hospitais, etc. Mas assim como ocorre com as pessoas individualmente, a sociedade em geral possui mais necessidades do que meios de satisfazê-las. Os fatores produtivos disponíveis para a produção não são suficientes para atender todas as necessidades desta sociedade.
Sendo assim, em qualquer sociedade, as necessidades humanas são ilimitadas, ao passo que os recursos produtivos são escassos. É preciso, portanto, definir como empregar estes fatores produtivos escassos na produção de bens e serviços, de forma que eles possam contribuir da melhor maneira para a satisfação das necessidades não apenas dos indivíduos, mas também da sociedade.
A economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade. Isto significa tentar compreender como os indivíduos deveriam empregar sua renda para ter o maior aproveitamento possível, e de como a sociedade alcançaria o maior nível de bem-estar material possível a partir dos recursos disponíveis.
1.2. Os Problemas Econômicos Fundamentais
No nosso dia-a-dia nos deparamos, a todo momento, com diversos problemas econômicos com os quais temos de lidar, seja através dos jornais, rádio, televisão, ou até mesmo nas questões mais rotineiras de nosso cotidiano, como por exemplo:
a) Por que o nordestino possui uma renda muito inferior à do paulista?
b) Até que ponto os juros altos reduzem o consumo e estimulam os preços?
c) Por que está tão difícil conseguir um emprego nos dias atuais?
d) Por que o aumento no salário mínimo provoca uma deterioração nas contas do governo?
e) Por que a carga tributária brasileira está tão elevada?
f) Como são definidos os preços dos produtos?
g) Como são definidos os aumentos de salários?
h) Como são definidas as taxas de juros do Banco Central?
Todas estas questões trazem implícitos diversos conceitos importantes, que são a base e o objeto do estudo da Ciência Econômica: escolha, escassez, necessidades, recursos, produção, distribuição. Mas para respondê-las é preciso entender os problemas econômicos fundamentais.
Em primeiro lugar é preciso decidir o que produzir e em que quantidades produzir, dado que os recursos de produção são escassos e as necessidades humanas ilimitadas, como já mencionamos no tópico anterior. Essas escolhas dependem de vários fatores, como a perspectiva de lucro (do ponto de vista dos empresários) ou opções de política econômica e as necessidades da sociedade (do ponto de vista da sociedade).
Depois é preciso definir como produzir, onde a sociedade terá de escolher, dado o conhecimento tecnológico existente, quais recursos produtivos serão utilizados para a produção de bens e serviços. Em outras palavras, a decisão de como produzir implica a escolha das técnicas, e dentre os métodos mais eficientes, em geral se escolhe aquele mais barato, ou seja, com o menor custo possível.
Posteriormente é preciso decidir para quem produzir. Ou seja, é preciso definir para quem se destinará a produção ( e também definir como os indivíduos participarão da distribuição dos resultados de sua produção. Esta distribuição depende fundamentalmente de como foi instituída e dividida a propriedade privada numa determinada sociedade, e de como esta propriedade se transmite por herança. A distribuição da renda dependerá também do mecanismo de preços que atua por meio do equilíbrio entre oferta e demanda para a determinação dos salários, das rendas da terra, dos juros e dos benefícios de capital.
Mas poderíamos nos perguntar quais as questões econômicas fundamentais de um indivíduo que recebe uma renda, mas não é empresário. Neste caso, os indivíduos devem decidir como vão gastar sua renda entre os diferentes bens e serviços ofertados para satisfazer suas necessidades, ou se escolherão poupar parte de sua renda ao invés de consumir todo o montante recebido. Na hora de suas decisões de consumo, o indivíduo levará em conta não apenas as suas necessidades, mas os preços dos bens e suas preferências, inclusive entre consumo presente ou consumo futuro (representado pela poupança).
É preciso ter em mente que estas questões: o que, quanto, como e para quem produzir, e até mesmo o que consumir não seriam problemas se os recursos produtivos disponíveis fossem ilimitados. Sendo assim, a economia e seus problemas fundamentais originam-se da carência de recursos produtivos escassos.
1.3. A lei da escassez de recursos
Na economia tudo está pautado na busca de produzir o máximo de bens e serviços com os recursos limitados disponíveis, pois como já destacamos anteriormente, não é possível a produção de uma quantidade infinita de cada bem capaz de satisfazer completamente os desejos humanos. Isto porque os nossos desejos materiais são virtualmente ilimitados e insaciáveis, e os recursos produtivos são escassos. Desta feita, não podemos ter tudo o que desejamos e, portanto, é imperativo que o homem faça escolhas.
Portanto, o objeto da ciência econômica é o estudo da a escassez, porque esta consiste no problema econômico por excelência. E a escassez de recursos de produção resulta na escassez dos bens. Dizer que os bens são econômicos quer dizer que eles são relativamente raros ou limitados. Ora, mas o fato de existir um bem em pouca quantidade não o define como escasso. É preciso para isto que este bem seja desejado, portanto, procurado. E a escassez só existe se houver procura (ou demanda) para a obtenção do bem.
Ora, mas poderíamos nos perguntar porque um determinado bem é procurado (ou demandado). Um bem é demandado porque tem a capacidade de satisfazer uma necessidade humana, ou seja, tem utilidade. Um bem é procurado porque é útil. Sendo assim, os bens econômicos são aqueles escassos em quantidade, dada sua procura, e apropriáveis. Os bens econômicos têm como característica a utilidade, a escassez e a possibilidade de transferência. Os bens livres, por outro lado, são aqueles disponíveis em quantidade suficiente para satisfazer a todo o mundo; são, portanto, ilimitados em quantidade ou muito abundantes e não são apropriáveis.
Mas o que seriam então as necessidades humanas? Este poderia ser um conceito relativo vago e filosófico, já que os desejos dos indivíduos não são fixos. Mas para a economia as necessidades humanas relevantes são aqueles desejos que envolvam a escolha de um bem econômico capaz de contribuir para a sobrevivência ou para a realização social do indivíduo.
As necessidades podem ser classificadas em:
a) básicas ou primárias: são aquelas indispensáveis para nossa sobrevivência ou que sem as quais nossa vida seria insuportável. Exemplo: alimentação, saúde, habitação, vestuário.
b) necessidades secundárias: são aquelas desejadas pelo convívio social. Exemplo: educação, transporte, lazer, turismo.
1.3.1. Tipos de Bens Econômicos
Como já vimos, os bens econômicos são aqueles que possuem uma raridade relativa, ou seja, possuem um preço.
Estes bens econômicos, quando se destinam à satisfação direta de necessidades humanas são chamados bens de consumo ou bens finais. São todos aqueles bens que já estão aptos a serem consumidos sem que haja necessidade de qualquer outra transformação. Os bens de consumo podem ser divididos em bens de consumo duráveis, que podem ser utilizados por um período mais prolongado – automóvel, geladeira -; e os bens de consumo não durável, que devem ser consumidos imediatamente ou são utilizados apenas uma vez ou poucas vezes, como alimentos e roupas.
Os bens que são destinados à fabricação de outros bens e que são absorvidos pelo processo de produção são chamados de bens intermediários. Estes bens sofrem novas transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital, e possuem um ciclo curto no processo produtivo, sendo totalmente consumidos no processo produtivo. São exemplos de bens intermediários as matérias-primas, material de escritório, insumos, barras de ferro, peças de reposição, etc.
Os bens de capital também são utilizados na geração de outros bens, mas não se desgastam totalmente no processo produtivo, ou seja, não são absorvidos no processo de produção. Uma característica importante destes bens é que contribuem para a melhoria da produtividade da mão-de-obra. São exemplos de bens de capital as máquinas, equipamentos e instalações. Os bens de capital, como não são consumidos no processo de produção, também são bens finais.
1.4. Os Recursos ou Fatores de Produção
Para que se obtenha a satisfação das necessidades humanas é necessário produzir bens e serviços. E a produção exigiria o emprego de recursos produtivos e bens elaborados.
Os recursos de produção, ou fatores de produção da economia são aqueles utilizados no processo produtivo para obter outros bens e serviços, com o objetivo de satisfazer as necessidades dos consumidores.
Os fatores de produção são: a terra, ou recursos naturais, incluindo água, minerais, madeiras, solo para fábricas; recursos humanos, englobando o trabalho enquanto faculdades físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm no processo produtivo, e a capacidade empresarial, que constitui-se daqueles indivíduos que reúnem os capitais para adquirir recursos produtivos e produzir bens e serviços para o mercado; capital, que engloba os bens e serviços necessários para a produção de outros bens e serviços, como máquinas, equipamentos, instalações, dinheiro, ferramentas, capital financeiro; tecnologia.
É importante ressaltar que para cada fator de produção corresponde uma remuneração. Ao trabalho corresponde o pagamento de salários. O juro paga o uso do capital. O aluguel constitui a remuneração da terra. A tecnologia é paga com royalties. À capacidade empresarial corresponde o lucro.
FATOR DE PRODUÇÃO | TIPO DE REMUNERAÇÃO |
TRABALHO |
SALÁRIO |
CAPITAL |
JURO |
TERRA |
ALUGUEL |
TECNOLOGIA |
ROYALTIES |
CAPACIDADE EMPRESARIAL |
LUCRO |
A produção, portanto, seria o processo de transformar matérias-primas em produtos acabados utilizando para tanto os bens de capital, os bens intermediários e a mão-de-obra.
1.5. Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção
1.5.1. Custo de Oportunidade
Conforme vínhamos analisando, os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas ilimitadas, e porque existe a escassez os agentes econômicos têm que decidir onde e como aplicar os recursos disponíveis. Fazemos isso todo o tempo no nosso dia-a-dia, no supermercado, em nossas decisões de compras. Isto porque como os fatores de produção são limitados, só é possível satisfazer uma necessidade abrindo mão da satisfação de uma outra. Não há capital, nem trabalho, nem terra, nem tecnologia suficientes para produzir tudo aquilo que se deseja. E a remuneração destes fatores também é restrita, restringindo as possibilidades de consumo.
A escassez força os indivíduos, as famílias, as empresas e até os governos a fazer escolhas. Os indivíduos, por exemplo, têm de decidir como gastar sua renda e que necessidades devem priorizar. As empresas têm de decidir se ampliam o capital produtivo ou investem no mercado financeiro. Os governos precisam decidir se pagam uma parcela de suas dívidas ou fazem investimentos em educação e saúde.
Mas uma vez que um destes agentes econômicos tome uma decisão, estarão necessariamente abrindo mão de outras possibilidades. Assim, num mundo de recursos limitados, a oportunidade de produzir um bem significa deixar de produzir outro. Como toda escolha, a escolha de satisfação de certas necessidades em detrimento de outras envolve ganhos e perdas. Por isso, quando decidem gastar ou produzir, empresas, governos ou famílias estarão renunciando a outras possibilidades. A opção que se deve abandonar para poder produzir ou obter outra coisa se associa ao conceito de custo de oportunidade.
O custo de oportunidade de um bem ou serviço é a quantidade de outros bens ou serviços a que se deve renunciar para obtê-lo. Em outras palavras, o custo de oportunidade é o sacrifício do que se deixou de produzir, o custo ou a perda do que não foi escolhido e não o ganho do que foi escolhido. O custo de oportunidade também é chamado custo alternativo, por representar o custo da produção alternativa sacrificada.
1.5.2. Curva de Possibilidades de Produção
Dada a escassez de recursos da economia, os agentes econômicos são obrigados a fazer escolhas. Quando um bem é escasso, os indivíduos são forçados a escolher como usá-lo. Em conseqüência passa a haver uma troca – satisfazer uma necessidade significa não satisfação de uma outra.
A curva de possibilidades de produção mostram as trocas que os indivíduos, as empresas, ou os governos são obrigados a fazer por causa da escassez de recursos.
Suponhamos uma determinada sociedade, onde exista um certo número de indivíduos, uma tecnologia dada, uma quantidade definida de empresas, instrumentos de produção e de recursos naturais. Como os fatores produtivos são limitados, a produção total desta sociedade tem um limite máximo a que chamaremos de produto de pleno emprego. Neste nível de produção, todos os recursos disponíveis estão empregados, todos os trabalhadores que querem estão trabalhando, todos os instrumentos de produção estão sendo utilizados, todas as fábricas estão a pleno funcionamento, e os recursos naturais estão sendo plenamente aproveitados.
Vamos supor ainda que esta economia produza apenas alimentos e roupas. Haverá sempre uma quantidade máxima de alimentos produzidos mensalmente quando todos os recursos forem destinados à sua produção, sem que nenhum se destine à produção de roupas. Haverá também uma quantidade máxima de roupas produzidas mensalmente quando todos os recursos forem destinados à sua produção, sem que nenhum se destine à produção de alimentos. Entre as quantidades máximas de roupas e alimentos que podem ser produzidas, existem uma série infinita de possibilidades de combinações de quantidades de roupas e alimentos que podem ser produzidos naquela sociedade, com aquele nível de tecnologia e aqueles recursos disponíveis, com todos os recursos sendo plenamente utilizados. Suponhamos que as alternativas de produção de roupas e alimentos sejam as colocadas na tabela abaixo.
Alternativas de produção |
Alimentos(toneladas) | Roupas (milhares) |
1 |
10 |
160 |
2 |
20 |
150 |
3 |
30 |
130 |
4 |
40 |
100 |
5 |
50 |
60 |
6 |
60 |
0 |
FIGURA 1 – CURVA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO
A essa curva que ilustra essas possibilidades de combinações intermediárias entre roupas e alimentos eu vou chamar de curva de possibilidades de produção ou curva de transformação. Ela indica todas as possibilidades de produção de alimentos e roupas nessa construção econômica hipotética. A curva de possibilidades de produção é um conceito teórico para ilustrar a capacidade produtiva de uma sociedade.
Através desta curva podemos perceber claramente que numa economia em pleno emprego, ao produzir um bem estaremos sempre desistindo da produzir uma certa quantidade de um outro bem. Em outras palavras, Para conseguirmos uma quantidade constante adicional de um bem (alimentos), precisaremos renunciar a quantidades crescentes do outro bem.
Tendo em vista que cada uma das combinações sobre a curva de possibilidades de produção é tecnicamente eficiente, a sociedade escolherá uma delas em função dos preços dos produtos e das quantidades desejadas de cada um deles.
E para as firmas também é possível construir uma curva de possibilidades de produção semelhante ao exemplo que elaboramos acima. Mas no lugar dos bens produzidos pela sociedade, construiremos a curva de possibilidades de produção contrapondo os produtos a serem produzidos por essa firma. Uma empresa precisa sempre decidir quais produtos produzir e em que quantidade produzir. E será a interação entre preços e quantidades de mercado que darão essa resposta, supondo-se que os empresários são agentes racionais, e procuram sempre economizar os fatores escassos com o objetivo de maximizar lucros.
Observemos a figura abaixo:
De acordo com o gráfico acima, se houver uma expansão dos fatores de produção, ou se houver um melhor aproveitamento dos recursos produtivos já utilizados, ou ainda se a tecnologia utilizada sofrer algum avanço, haverá crescimento econômico naquela sociedade, e a curva de possibilidades de produção se deslocará para cima e para a direita. Isto significa que a economia poderá dispor de maiores quantidades tanto de alimentos quanto de roupas.
A expansão dos fatores produtivos ou a melhora no seu aproveitamento, bem como os avanços tecnológicos dependem significativamente de um aumento nos investimentos. Isto significa que os agentes econômicos – famílias, empresas e governo – precisam reduzir o seu consumo atual e direcionar parte de seus recursos para a poupança, a fim de que ela esteja disponível para investimento. Um outro elemento importante para o crescimento econômico, tanto quanto o investimento, é a divisão do trabalho. Um aumento da divisão do trabalho permite que os trabalhadores se tornem mais produtivos, com um aumento da especialização do trabalho, elevando também os volumes negociados no comércio.
1.6. Análise Marginal
Diante do que foi exposto, como então a população poderia alocar seus recursos escassos de modo a obter o maior proveito possível? A fim de responder a esta pergunta fundamental da economia, os economistas utilizam a chamada análise margina. Esta técnica é amplamente utilizada na tomada de decisão das firmas, onde se faz a análise dos custos e benefícios de uma unidade adicionada de um bem ou insumo para o montante da produção, a chamada unidade marginal.
Em qualquer situação, os indivíduos querem maximizar os chamados benefícios líquidos. O benefício líquido seria o benefício total subtraídos os custos totais.
A fim de maximizar seus benefícios, pode-se alterar alguma das variáveis envolvidas no processo, como a quantidade de um produto que compram ou a quantidade que produzem. Essa variável seria chamada de variável de controle. A análise marginal identifica se a alteração da variável de controle proporciona um aumento do benefício total e de quanto seria esse aumento; ou se a alteração da variável de controle ocasiona um aumento do custo total, e em que medida esse custo aumenta.
Sendo assim, é preciso primeiro identificar a variável de controle. Feito isto, deve-se determinar qual seria o aumento do benefício total se fosse acrescentada uma unidade da variável de controle. O aumento do benefício total decorrente do aumento de uma unidade da variável de controle determinaria o chamado benefício marginal da unidade adicional.
Por outro lado, devemos identificar a variável de controle, para depois determinar também qual seria o aumento do custo total se houvesse uma elevação de uma unidade desta variável de controle. O custo marginal seria justamente o aumento no custo total decorrente do aumento de uma unidade da variável de controle.
Se o benefício marginal da unidade adicional da variável de controle for maior ou igual ao custo marginal, teremos uma variação positiva do benefício líquido. Portanto, o benefício líquido aumenta e a unidade marginal da variável de controle deve ser adicionada, pois desta elevação resulta um impacto positivo, de maximização de benefício líquido.
É preciso ter em mente que apenas as alterações do benefício total e do custo total devem ser analisadas, porque o benefício marginal representa o aumento do benefício total, enquanto que o custo marginal representa o aumento do custo total.
Portanto, teremos que a variação do benéfico líquido é dada pela diferença entre benefício total e custo total.
Em uma firma, o benefício líquido ao atuar nos negócios é o lucro. O benefício total corresponderia à receita total auferida pela empresa, e os custos totais teriam a mesma denominação. Assim, a análise marginal estudaria as repercussões sobre o lucro total, a partir dos efeitos sobre a receita total (preços x quantidades) e o custo total (custo médio x quantidades). A decisão do empresário dependerá da análise marginal que efetuar, a partir de uma equação fundamental, derivada daquelas que construímos acima. Sendo assim, numa empresa, a fórmula acima apresentada seria modificada para:
A variação do lucro total seria dada pela diferença entre receita marginal e custo marginal. A receita marginal seria a receita proporcionada pela venda de uma unidade adicional do produto. O custo marginal seria o custo da produção de uma unidade adicional de produto.
A firma continuará a produzir unidades adicionais do produto até o ponto em que o custo marginal for igual ao preço. O ponto de equilíbrio da produção de uma firma, para a teoria econômica, é justamente quando o custo marginal iguala o seu preço.